Se considerarmos as rochas como documentos onde ficaram “escritas” determinadas fases da evolução do nosso planeta, desde a sua origem, à cerca de 4.460 milhões de anos, até aos nossos dias, podemos aceitar que os minerais são letras de uma linguagem particular que permite a leitura dessas rochas com vista ao conhecimento da referida evolução semelhança do que faz o historiador, ao decifrar escritas antigas em velho pergaminhos, ou do que faz o música ao trautear os caracteres de uma partitura.
Decifrar a história da terra passa, pois, por saber ler nas rochas através dos seus minerais e de outros elementos nelas conservados, como são, por exemplo, os fósseis. Por outro lado, estudar as rochas amplia a nossa visão sobre o mundo dos minerais, constituindo-se essenciais a todas elas, quaisquer que sejam a sua natureza e origem.
São mais de 3.500 as espécies de minerais conhecidas. Algumas, não muitas, entram na constituição das rochas e outras concentram-se em corpos geológicos particulares e têm elevado interesse como matérias-primas essenciais à sociedade.
Num cenário impar, as Grutas de Mira de Aire, oferecem a quem as visita, a possibilidade de admirar uma colecção de rochas, minerais, gemas e fósseis, que se intitula “Riquezas Naturais do Mundo".
Esta colecção, com carácter permanente, e com uma forte componente pedagógica vem complementar a visita a esta autêntica catedral da natureza.