Junto ao complexo da entrada da gruta e no topo do Jardim das Rochas o Museu do Fóssil reune alguns dos exemplares "resgatados" no parque de estacionamento das Grutas de Mira de Aire. Os fósseis são exemplares da vizinha praia jurássica de S. Bento.
Continuar a ler Esconder TextoSe considerarmos as rochas como documentos onde ficaram “escritas” determinadas fases da evolução do nosso planeta, desde a sua origem, à cerca de 4.460 milhões de anos, até aos nossos dias, podemos aceitar que os minerais são letras de uma linguagem particular que permite a leitura dessas rochas com vista ao conhecimento da referida evolução semelhança do que faz o historiador, ao decifrar escritas antigas em velho pergaminhos, ou do que faz o música ao trautear os caracteres de uma partitura.
Decifrar a história da terra passa, pois, por saber ler nas rochas através dos seus minerais e de outros elementos nelas conservados, como são, por exemplo, os fósseis. Por outro lado, estudar as rochas amplia a nossa visão sobre o mundo dos minerais, constituindo-se essenciais a todas elas, quaisquer que sejam a sua natureza e origem.
São mais de 3.500 as espécies de minerais conhecidas. Algumas, não muitas, entram na constituição das rochas e outras concentram-se em corpos geológicos particulares e têm elevado interesse como matérias-primas essenciais à sociedade.
Num cenário impar, as Grutas de Mira de Aire, oferecem a quem as visita, a possibilidade de admirar uma colecção de rochas, minerais, gemas e fósseis, que se intitula “Riquezas Naturais do Mundo".
Esta colecção, com carácter permanente, e com uma forte componente pedagógica vem complementar a visita a esta autêntica catedral da natureza.
Continuar a ler Esconder TextoA vegetação espontânea é sobretudo constituída por carrascais que alternam com formações sub-arbustivas denominados Alecrim. Da antiga cobertura arbórea apenas restam pequenas áreas onde predomina o Carvalho Português e a Azinheira. A Oliveira, associada a culturas arvenses de Sequeiro é o elemento dominante da vegetação não espontânea. Podemos ainda encontrar na flora a Boca-de-Lobo ou a Rosa-Albardeira entre muitas outras plantas características da região.
Tal riqueza e diversidade pode ser observada e sentida na área circundante à entrada das Grutas através do "Jardim dos Cheiros", onde algumas ervas aromáticas (medicinais e culinárias) que crescem espontaneamente em toda a serra de Aire estão neste espaço devidamente identificadas pelo nome científico, tradicional e forma de utilização.
Raposas, Texugos, Coelhos e Ginetes existem em toda a área do parque bem como morcegos.
Para ajudar no sustento da família, havia Junto de cada habitação: um pátio, uma cortelha, um galinheiro ou uma coelheira, onde os animais eram criados com restos de comida, espécies da horta, cereais, etc., etc. Junto às Grutas os visitantes podem entrar em contacto com alguns animais existentes nos meios rurais e com os quais muitos dos jovens, ou não, apenas tiveram contacto através da televisão. Neste espaço (o pátio), coelhos, porquinhos-da-índia, porcos, galinhas, patos, perus, pombos, rolas, faisões, pavões, fracas, codornizes, e outros coexistem de forma pacífica. Num espaço contíguo, encontra-se a "pastagem" onde cabras, ovelhas e burros em estado de semi-liberdade podem ser acariciados ou alimentados à mão através de saquinhos de ração adquiridos no local.
Continuar a ler Esconder TextoDesde tempos imemoriais que o Homem utiliza o Sol e as estrelas como meio de orientação e de leitura temporal. Ao observar o Sol, o Homem percebeu que este provocava a sombra dos objectos. Ao fazer estas observações notou que ao longo do dia o tamanho e orientação destas sombras variava. O homem primitivo, primeiramente, usou a sua própria sombra para estimar as horas. Logo depois viu que podia, através de uma vareta fincada no chão na posição vertical, fazer estas mesmas estimativas. Ao amanhecer a sombra estará no seu tamanho máximo, ao meio-dia no seu tamanho mínimo e ao entardecer volta a alongar-se novamente.
No espaço junto à entrada primitiva da gruta é possível a visualização de um destes relógios, com 4 m de diâmetro que foi devidamente construído através dos cálculos da latitude, longitude e Norte verdadeiro. Para melhor compreensão deste relógio, está disponibilizada no local uma explicação do mesmo com apresentação da Equação do Tempo sendo possível fazer a leitura da hora de Verão, da hora de Inverno e da hora Solar.
Continuar a ler Esconder TextoNo local onde se situam as Grutas de Mira de Aire, houve alguns moinhos de vento de que se sabe muito pouco. Em 1947 quando foram descobertas as Grutas de Mira de Aire, já o local se chamava de "Moinhos Velhos" devido ao adiantado estado de envelhecimento que apresentavam. Hoje, é com muita satisfação que podemos mostrar um moinho de vento totalmente recuperado, onde se vê a evolução do trabalho do Homem na transformação do cereal em farinha.
A história dos moinhos data do tempo em que o Homem procurou moer os cereais para a sua alimentação, procurando achar máquinas que lhe diminuísse a penosa tarefa de fabricar farinha. Esmagou cereal, primeiro entre duas pedras e depois recorreu ao pilão e ao graal. O primeiro aperfeiçoamento que se pôde conseguir foi o emprego de um engenho que pusesse em movimento duas pedras maiores do que aquelas que um homem podia mover com o simples auxílio das mãos. Apareceu então o moinho a braços. Nos tempos bíblicos e nos tempos heróicos da Grécia, empregavam-se duas pequenas mós cilíndricas de pedra rija sobrepostas que as escravas e outras mulheres faziam girar. Os romanos, depois das suas conquistas na Ásia, começaram a usar os moinhos, aos quais aplicaram a força dos escravos e dos condenados, e mais tarde a dos animais. Isto foi já um grande impulso para o progresso, mas a invenção dos moinhos de água e vento foi o que abriu uma nova era na moagem. Esta só se deu quando Constantino aboliu a escravidão. O moinho de vento é, pelo menos tão antigo como o de água, pois datam do séc. IV. Na península, a acreditar em alguns escritores, os moinhos de vento vieram com os cruzados, isto é, no séc. XI. Em Portugal já se vêm poucos moinhos em laboração. Não deixe de visitar esta raridade.
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